Disseminação de informações falsas ameaça a democracia
O prêmio Nobel da Paz de 2021, atribuído aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, deu grande visibilidade não só à questão da liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia, mas também à desinformação, que é uma preocupação crescente em todo o mundo. Um ponto comum entre os trabalhos dos dois jornalistas é a exposição de como as redes sociais são usadas para disseminar inverdades.
“Ressa e a Rappler (site de jornalismo investigativo fundado pela jornalista) mostram como as redes sociais são usadas para espalhar fake news, assediar oponentes e manipular o discurso público”, afirmou a porta-voz do Nobel, Berit Reiss-Anderson.
De acordo com a Unesco, a desinformação consiste em tentativas deliberadas, muitas vezes orquestradas, para confundir ou manipular pessoas por meio da transmissão de informações falsas, geralmente elaborada com bons recursos, com auxílio da tecnologia de disparo de mensagens por meio de robôs.
No Brasil, a Justiça Eleitoral tem combatido a desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, que põe em dúvida a confiabilidade das urnas e dissemina a ideia de que não é possível auditar o voto.