Os deputados iniciaram a Ordem do Dia da sessão da Câmara dos Deputados e discutem pedido de convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para das explicações no Plenário sobre a revelação de que ele é sócio de uma offshore nas ilhas Virgens Britânicas. O requerimento é o primeiro item da pauta.
O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu que o Plenário transforme em convite o requerimento de convocação ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A diferença é que a convocação é obrigatória, enquanto o convite é voluntário.
“O ministro tem explicações a dar e está disposto a fazê-las ao Parlamento. Só não vejo a razão de ser uma convocação. Então, queria propor ao presidente e nós pudéssemos transformar esta convocação em convite. Ele certamente atenderá com presteza, como sempre tem feito”, disse. Barros afirmou que o convite poderá ser marcado para a próxima quarta-feira (13).
A oposição, autora do pedido de convocação, discute a proposta. A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), disse que iria dialogar com os colegas, mas defende a convocação. “A gente convida a pessoa para explicar alguma coisa que tem a ver com uma política pública do governo. Agora um representante do estado brasileiro, ministro da Economia, envolvido no escândalo ele precisa ser minimamente convocado por essa casa”, disse.
A notícia sobre a offshore foi publicada pelos sites da revista Piauí e Poder360, que integram o consórcio internacional de jornalistas investigativos que teve acesso a milhões de documentos sobre offshores em paraísos fiscais (Pandora Papers). O vazamento também apontou empresa no exterior em nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.