Voto impresso não vai trazer segurança para o processo eleitoral, dizem palestrantes
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Junior, participou na tarde da sexta-feira (18) do webinar “Urna Eletrônica, Voto Impresso e Observação Internacional”, promovido pela Comissão de Direito Eleitoral da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). O evento virtual foi mediado pela advogada e coordenadora do Observatório de Candidaturas Femininas da OAB-SP, Maíra Calidone Recchia Bayod, que abriu o encontro dizendo que há 25 anos as urnas eletrônicas garantem a “festa do sufrágio universal, com eficiência e agilidade”.
Nuevo Campos afirmou que, como cidadão e magistrado com quase 20 anos de experiência na Justiça Eleitoral, é um defensor do sistema eletrônico de votação, que está sujeito a constantes auditorias e fiscalizações. “Esse sistema trouxe um benefício enorme para a credibilidade da apuração dos votos, que é feita em cada seção, em cada urna eleitoral, com a confecção dos boletins de urna, um certificado de segurança do sistema”, enfatizou o presidente do TRE, recordando que no passado a votação por cédulas facilitava a ocorrência de fraudes. “O voto impresso não é uma prioridade no país”, definiu o magistrado.
Demais participantes, o presidente da Conferencia Americana de Organismos Electorales Subnacionales por la Transparencia Electoral (Caoeste), Marcelo Peregrino, os advogados Ricardo Penteado, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP, Alberto Rollo, especializado na área eleitoral, e Gabriela Araújo, integrante da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB e diretora do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, também defenderam o sistema eletrônico de votação e criticaram a adoção do voto impresso.